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segunda-feira, 26 de abril de 2021

1921 - Memórias (IV)

 VESTIR POR DENTRO E POR FORA

O início dos Anos 20 do século passado trouxe profundas alterações na sociedade portuguesa. Os horrores da I Guerra Mundial  provocaram na população  uma vontade crescente de se agarrar à vida e vivê-la da melhor forma possível.

Uma dessas alterações deu-se no modo de vestir feminino

  

A mulher do início do século , espartilhada e de saias compridas, rendeu-se à influência das novidades importadas da Inglaterra ou França pela burguesia endinheirada.

Os espartilhos deram lugar aos primitivos sutiãs e as anáguas ou saiotes foram substituídos por combinações de tecidos finos.


 


 


 

Os vestidos subiram uns bons centímetros na altura e os xailes deram lugar a casacos de fazenda.

 

 


 

Em Olhão, e como já vimos nas montras da Rua das Lojas, as novas modas foram rapidamente adoptadas.

Embora as mulheres mais idosas ou conservadoras preferissem ainda as saias compridas, os xailes e até mesmo o bioco, as raparigas casadoiras cobiçavam os modelos que viam desfilar na Avenida ou nos bailes.


 

Prima Elvira, sobrinha do Avô Xico

A moda masculina também sofreu alterações, especialmente nos cortes dos fatos.

A roupa interior  resumia-se às ceroulas ou cuecas e camisa de dentro.


 




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