CENTENÁRIO DO CASAMENTO DO AVÔ FRANCISCO VIEGAS COM A AVÓ BIBIANA DA CONCEIÇÃO

domingo, 11 de dezembro de 2016

Mensagem de Natal


PARA 
OS TIOS E TIAS
E
PRIMOS E PRIMAS




A saudade pura não encontra distância no espaço, nem no tempo, criando de tal sorte um vínculo que, mesmo as almas estando separadas, se sentem unidas pela força do amor.

Francisco de Assis


sábado, 3 de dezembro de 2016

Avó Cebola - Aniversário

Na passagem do 117º aniversário do nascimento da Avó Cebola, recordemos o seu rosto ao longo da vida, nestas fotos que vão desde os 18 aos 79 anos.




E nestas modestas palavras da minha autoria, deixo o retrato que faço dela:


Entre pedras e poeira

Nasci no Largo da Feira

Minha mãe, rosto cansado
De rugas e desenganos
Não tinhas dias nem anos
Apenas sonho sonhado

De filhos, uma mão cheia
À tua roda vivia
No suor do dia a dia
Nos trilhos de volta e meia

Minha mãe, na selha de água
As parcas roupas lavavas
E a voz com que cantavas
De branco tingia a mágoa

Entre cestos e bancadas
Todo o resto bordejavas
E no peixe que enlatavas
Escorrias ânsias passadas

Minha mãe, rosto sulcado
De rugas e desenganos
Viste passar muitos anos
Viste passar o teu fado

Os filhos, todos partiram
Outras vidas arriscaram
E na sorte que ganharam
Toda a tua força viram
 
 
Oh, minha mãe, minha mãe
Teus olhos queria ver
Para nunca me esquecer
Qu’Entre pedras e poeira
Nasci no largo da feira

(Esperança Bebiana Afonso)

sábado, 12 de novembro de 2016

Lembranças

A guerra do Ultramar também marcou diretamente a nossa família. 
No início dos anos 60 do século XX, o Tio Russo e o Tio Celestino cumpriram o serviço militar obrigatório. A nuvem negra da Guerra que rebentara nas províncias ultramarinas pairava sobre milhares de jovens mancebos. 


Tio Russo
 O Tio Russo não foi chamado mas o Tio Celestino não se pode furtar à mobilização para Angola. Tanto quanto a minha memória alcança, creio que o seu destino foi o Distrito da Lunda, local de muita atividade guerrilheira, pois era a área geográfica dos diamantes. 

 
Tio Celestino em pose marcial

 
Muito sofrimento e muita dor, muita saudade de ambos os lados, dele e da família.
Um dia, em Matosinhos, chegou uma carta, envelope de via aérea, e lá dentro este apontamento fotográfico de uma partida de futebol entre jovens militares que pontapeavam o destino e driblavam o futuro numa terra distante.


O Tio Celestino, 1º à direita


Dedicatória da foto, para o Mano João


terça-feira, 1 de novembro de 2016

Os Bisas Viegas Contreiras (2)

Neste Dia de Todos os Santos, fica completo o ciclo de Vida do Pais do Avô Xico com as datas dos seus falecimentos.

Cemitério da Ajuda, Lisboa, 1935,  onde descansam os restos mortais dos Bisas

O bisa Francisco Viegas Contreiras faleceu aos 78 anos, de septicemia. O óbito aconteceu no nº 4 da Rua da Torrinha, às primeiras horas da manhã do dia 18 de dezembro de 1931, e foi declarado pelo Doutor Manuel Maria Barbosa Jr.

A bisa Joanna Baptista faleceu aos 81 anos de insuficiência cardíaca, ao final do dia 22 de janeiro de 1940, na sua casa na Rua das Hortas, nº 21. O óbito foi declarado pelo Doutor Manuel Maria Barbosa Jr.

Ambos foram sepultados no Cemitério da Ajuda, em Lisboa.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Mar Salgado

O Mar esteve sempre no centro da nossa grande família. Dele se tirou o sustento durante décadas e , das mais variadas maneiras,  condicionou a forma de viver de muitos de nós.
Pescadores profissionais, o Avô Xico e os Tios eram filiados na Casa dos Pescadores, organismo criado em 1937 e que regia todo o trabalho marítimo a par com a assistência médica e social.
Temos, então aqui, as fichas de associado dos nossos bravos Homens do Mar, com a infeliz excepção do Tio Celestino, que não consegui encontrar.


Avô Xico (sem foto)- inscrito em 1944

 
Tio Xico -  nova inscrição em 1975

Tio João - inscrito em 1944

Tio Manel -  inscrito em 1952

Tio António -  inscrito em 1956

Tio Márim -  nova inscrição em 1974

Tio Russo -  nova inscrição em 1974

Todos os Tios sabiam de cor e cantavam bem este Fado do saudoso Tristão da Silva:

FADO DO PESCADOR (clicar no título para ouvir)

 
 
Letra de Silva Tavares
Música de António Melo

sábado, 15 de outubro de 2016

Ser Pequenino

Já em tempos recuados, a nossa Família sempre se firmou em núcleos numerosos. Desde as épocas dos nossos Trisas, muitos tios e tias, e muitos primos e primas povoaram o nosso universo familiar, enchendo-se em décadas sucessivas de crianças acarinhadas que construiram um futuro que é agora o nosso importante património humano.

Presentemente, também os nossos núcleos familiares se reforçam com  gerações mais novas, tributadas com grandes capacidades e oportunidades que não desmerecem de ninguém.
Resulta, então, que este post é uma homenagem a todos estes Primos e Primas mais novos, que durante o ano de 2016 fizeram a celebração do seu aniversário.

Avó Cebola e Prima Bibiana (filha da Tia Maria Lucinda)


Para eles, o poema de Linhares Barbosa, que pode ser ouvido na barra lateral direita:


É TÃO BOM SER PEQUENINO

É tão bom ser pequenino,
ter pai, ter mãe, ter avós
ter Esperança no Destino,
e ter quem goste de nós.

Vem cá José Manuel,
dás-me a graciosa ideia
de Jesus na Galileia,
a traquinar no vergel.
És moreninho de pele,
como foi o Deus Menino.
Tens o mesmo olhar divino,
ai que saudades eu tenho
em não ser do teu tamanho,
é tão bom ser pequenino

Os teus dedos delicados,
nessas tuas mãos inquietas
Lembram-me dez borboletas,
a voejar nos silvados
E como tu sem cuidados,
também já corri veloz.
Vem cá, falemos a sós,
dum caso sentimental
Quero dizer-te o que vale,
ter pai, ter mãe, ter avós

Ter avós afirmo-te eu,
perdoa as imagens minhas,
é ter relíquias velhinhas,
e ter mãe é ter o céu.
Ter pai assim como o teu,
que te dá o pão e o ensino,
é ter sempre o sol a pino,
e o luar com rouxinóis,
triunfar como os heróis,
ter esperança no destino

Tu sabes o que é Esperança,
o Sonho, a Ilusão, a Fé.
Sabes lá o que isso é,
minha inocente criança.
Tu és fonte na pujança,
e eu o rio que chegou à foz.
Eu sou antes tu após.
Que saudades, que saudades,
a gente a fazer maldades,
e ter quem goste de nós. 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Os Avós e o Prémio

Por diversas vezes, quando a ocasião propiciava ao relato das expressivas histórias que o meu Pai lembrava, vinha sempre à baila o prémio que os nossos Avós tinham recebido das senhoras da Igreja por serem uma família numerosa. 
Pormenorizava a minha Mãe que quando a Avó Cebola foi avisada que iria receber o tal prémio, acudiu-se-lhe uma espécie de vergonha e quase que recusou recebê-lo. 
Depois de muito instada, a Avó Cebola lá acedeu em ir com a minha Mãe receber aquela distinção, cujo valor pecuniário era de 1.000$00 (cerca de 400 €, mais coisa menos coisa, a preços de hoje). O destino desse dinheiro de  valor para a época, nunca o soube. 

Hoje mesmo, numa das minhas pesquisas no Arquivo Municipal de Olhão, dei de caras com o relato jornalístico desse acontecimento, no "Correio Olhanense" de 6 Dezembro de 1949!



O prémio não provinha da Igreja mas  da Obra das Mães para a Educação Nacional, organização criada em 1936, na vigência do Estado Novo de Salazar,  e que tinha por objetivo estimular a acção educativa da família e assegurar a cooperação entre esta e a escola, através da reeducação das mães, da assistência materno-infantil,  das  semanas  da  mãe  e  dos  prémios  às  famílias numerosas.

Estes prémios eram  distribuídos  anualmente,  em  Dezembro,  nas  semanas  da  mãe. Concedidos  ao  meio  rural ou afastado dos centros urbanos,  precisamente aquela  faixa da população que  não  tinha  acesso  ao  abono  de  família ou outras formas de assistência social e familiar,  os  prémios  constituíram,assim,  um  substituto  das  inexistentes  medidas  de  apoio social do Estado e  não  representaram  mais  do  que  um  escassíssimo  paliativo  para  as  dificuldades  das famílias, dado que só um número muito reduzido de famílias eram contempladas, como se pode ver no quadro abaixo.


Esta é mais uma curiosidade a juntar a outras tantas na nossa família.

domingo, 14 de agosto de 2016

Festa da Família II




Foi num clima de grande proximidade e alegria que decorreu o II Encontro Viegas & Companhia.
Esta 2ª edição contou com 47 participantes, entre Tios, Tias, Primos e Primas, marcando com esse número significativo, o êxito desta iniciativa.
Todos os núcleos familiares dos Filhos do Avô Xico e da Avó Cebola estiveram representados: Tio Xico, Tio João, Tio Manel, Tio António, Tia Necas, Tio Márinho, Tio Russo e Tio Celestino.
A todos os participantes foi oferecido um certificado de presença. 
À Prima Sofia Madeira, um agradecimento especial por mais esta iniciativa.



 O Tio Márim foi o elemento mais velho da família e o pequeno Rafael, filho do Primo Fasquinho e da Prima Dulce, foi o mais novo.




 


A prestação musical das Primas Margarida e Patrícia foi o mote para a animação musical dos mais velhos - o Tio Márinho e a Prima Esperancinha.






O Jantar foi abrilhantado com a presença do músico Tiago Mendonça, ele também da família já que é marido da Prima Telma.


Os Tios e as Tias:

Tio Celestino
 
Tia Manuela e Tio Celestino
Tia Elvira
 
Tia Salvina
Tia Otília


Tio Márinho

As Primas e os Primos: