CENTENÁRIO DO CASAMENTO DO AVÔ FRANCISCO VIEGAS COM A AVÓ BIBIANA DA CONCEIÇÃO

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Mar Salgado

O Mar esteve sempre no centro da nossa grande família. Dele se tirou o sustento durante décadas e , das mais variadas maneiras,  condicionou a forma de viver de muitos de nós.
Pescadores profissionais, o Avô Xico e os Tios eram filiados na Casa dos Pescadores, organismo criado em 1937 e que regia todo o trabalho marítimo a par com a assistência médica e social.
Temos, então aqui, as fichas de associado dos nossos bravos Homens do Mar, com a infeliz excepção do Tio Celestino, que não consegui encontrar.


Avô Xico (sem foto)- inscrito em 1944

 
Tio Xico -  nova inscrição em 1975

Tio João - inscrito em 1944

Tio Manel -  inscrito em 1952

Tio António -  inscrito em 1956

Tio Márim -  nova inscrição em 1974

Tio Russo -  nova inscrição em 1974

Todos os Tios sabiam de cor e cantavam bem este Fado do saudoso Tristão da Silva:

FADO DO PESCADOR (clicar no título para ouvir)

 
 
Letra de Silva Tavares
Música de António Melo

sábado, 15 de outubro de 2016

Ser Pequenino

Já em tempos recuados, a nossa Família sempre se firmou em núcleos numerosos. Desde as épocas dos nossos Trisas, muitos tios e tias, e muitos primos e primas povoaram o nosso universo familiar, enchendo-se em décadas sucessivas de crianças acarinhadas que construiram um futuro que é agora o nosso importante património humano.

Presentemente, também os nossos núcleos familiares se reforçam com  gerações mais novas, tributadas com grandes capacidades e oportunidades que não desmerecem de ninguém.
Resulta, então, que este post é uma homenagem a todos estes Primos e Primas mais novos, que durante o ano de 2016 fizeram a celebração do seu aniversário.

Avó Cebola e Prima Bibiana (filha da Tia Maria Lucinda)


Para eles, o poema de Linhares Barbosa, que pode ser ouvido na barra lateral direita:


É TÃO BOM SER PEQUENINO

É tão bom ser pequenino,
ter pai, ter mãe, ter avós
ter Esperança no Destino,
e ter quem goste de nós.

Vem cá José Manuel,
dás-me a graciosa ideia
de Jesus na Galileia,
a traquinar no vergel.
És moreninho de pele,
como foi o Deus Menino.
Tens o mesmo olhar divino,
ai que saudades eu tenho
em não ser do teu tamanho,
é tão bom ser pequenino

Os teus dedos delicados,
nessas tuas mãos inquietas
Lembram-me dez borboletas,
a voejar nos silvados
E como tu sem cuidados,
também já corri veloz.
Vem cá, falemos a sós,
dum caso sentimental
Quero dizer-te o que vale,
ter pai, ter mãe, ter avós

Ter avós afirmo-te eu,
perdoa as imagens minhas,
é ter relíquias velhinhas,
e ter mãe é ter o céu.
Ter pai assim como o teu,
que te dá o pão e o ensino,
é ter sempre o sol a pino,
e o luar com rouxinóis,
triunfar como os heróis,
ter esperança no destino

Tu sabes o que é Esperança,
o Sonho, a Ilusão, a Fé.
Sabes lá o que isso é,
minha inocente criança.
Tu és fonte na pujança,
e eu o rio que chegou à foz.
Eu sou antes tu após.
Que saudades, que saudades,
a gente a fazer maldades,
e ter quem goste de nós.